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Playlist – André Felipe, do blog Música Pavê mostra sua lista de indie, folk e algumas surpresas

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André Felipe de Medeiros é um dos integrantes do blog Música Pavê. Fotógrafo e comunicador, André assina interessantes artigos no blog, como o Semana de Arte Moderna de 2012, no qual fez um paralelo entre a famosa Semana de Arte Moderna de 1922 e a atual cena musical brasileira. E se em seus textos percebemos todo um cuidado com o conteúdo e o resultado final, em suas respostas à Playlist não foi diferente.

André é detalhista, ou, perfeccionista, como ele mesmo disse. E esse detalhismo se reflete não só na preocupação de apresentar tudo muito bem explicado em suas respostas, mas também em seu próprio gosto musical. Por isso não é surpresa encontrarmos em sua lista nomes como Arcade FireSufjan Stevens, cujos trabalhos são tão detalhistas, como o próprio André.

E não é que no meio de um rol musical bem indie e folk tem espaço para a extinta Banda Eva ainda liderada por Ivete Sangalo? Confira as boas respostas de André Felipe, e aproveite para ouvir as músicas que, cuidadosamente, ele fez questão de indicar.

Fotos: Arquivo pessoal

- Existe alguma música que marcou um período da sua vida, e que sempre que você ouve é quase como um déjà vu?

Nossa, tantas. Muitas mesmo. Such Great Heights, do The Postal Service, talvez seja a que mais faz isso, me levando de volta pra época da faculdade sempre que a ouço.

- E a sua música de hoje é?

Olha, a que eu mais ouvi nas últimas semanas deve ter sido a nova do Bowerbirds, Tuck the Darkness In. Gosto muito da vibe desse terceiro disco, essa pegada otimista sem deixar de ser realista. É ideal para manter os pés no chão na avalanche do dia-a-dia.

- Uma música para:

*Festas

Lisztomania, do Phoenix. Faço festa até no ônibus lotado quando ela toca no shuffle.

*Ouvir sozinho

We Used to Wait, do Arcade Fire. É o tipo de melancolia que deve ser apreciada em solitude.

*Apresentar pros amigos

Vagalumes Cegos, do Cícero. Tem que ouvir, gente.

*Fotografar ouvindo

Depende do que estou fotografando, mas vou arriscar I Got, do Young the Giant, que tem uma pegada bem legal pra trabalhar.

 - Qual é a música que você considera uma verdadeira obra perfeita?

Hmmmm vou arriscar Enchanting Ghost, do Sufjan Stevens. Ele constrói um diálogo perfeito entre a letra, a interpretação vocal e as diversas vozes de instrumentos de cordas (violão, guitarra, harpa, banjo e piano) ao longo da música, e é tudo bonito demais.

- O que você considera uma das grandes contribuições para a música nos últimos tempos?

Acho que os gêneros da música popular se desenvolveram tanto em tão pouco tempo que, de um tempo pra cá, os músicos tem se dado mais liberdade para mesclar estilos sem muito medo do resultado, ou preocupação com tags que a gente possa dar ao som.

 - Uma música que ninguém imagina que você gosta?

Beleza Rara, da antiga Banda Eva com Ivetão no vocal. “Você tem o aroma das rosas, me move em teu cheiro e, assim, faz ninar a imensa vontade de estar ao seu lado” – fala sério, é bonita demais.

-  O que você anda ouvindo recentemente?

Não consigo parar de ouvir Alabama Shakes (e não consigo achar um bom motivo para não escuta-los mesmo). Minha preferida é Be Mine.

 - Que artistas da cena independente nacional você destaca?

Hmmm Me vem muitos nomes à mente, mas vale muito a pena citar o SILVA, que lançou um EP com músicas que consigo ouvir diversas vezes ao dia; Wado, que já tá aí faz um tempo e conseguiu surpreender todo mundo com o Samba 808 ano passado; e Quarto Negro, que faz um som de altíssimo nível e, depois de uns EPs, lançou o primeiro álbum (Desconocidos) há uns meses.

 - Você se considera realmente fã de que artista?

Olha… Vou ter que dizer do The Swell Season, porque tudo o que o Glen Hansard e a Markéta Irglová fazem, juntos, sozinhos ou em outras parcerias, fica nota 10. Sugiro When Your Mind’s Made Up, do filme Once.

- Qual a melhor década da música na sua opinião, e por que?

Eu fico tentado a responder “esta”, porque tem tanta coisa boa sendo lançada toda semana, muita música que revisita as décadas anteriores, que eu gosto da esperança do que está por vir daqui pra frente.

-  Qual o grande mal da música nos últimos anos?

Prepotência. Acho que nunca vi tanto artista pedante como na última década. Pra piorar, os ouvintes andam cada vez mais na mesma vibe.

- Qual o melhor show que você já viu?

Nossa, logo pensei no Coldplay em 2003. Foi o primeiro “showzão” que eu vi, era moleque ainda, e foi sensacional.

- E quem você ainda quer ver?

Uau, pode citar quantas dúzias? Hahaha Se tenho que falar um só… Local Natives. Sei que parece “sonhar baixo”, mas além de curtir muito o som dos caras, percebo pelos vídeos na Web que eles mandam muito bem.

- Tem algum cover que você acha que tenha ficado melhor (ou quase melhor) que o original?

Sim, vários! Logo lembrei do Cake cantando I Will Survive, da Gloria Gaynor. É sensacional.

 

- Que álbum seria a trilha sonora da sua vida?

Da minha e da maioria das pessoas da minha geração: Los HermanosVentura

- Quais as três melhores bandas do mundo?

Putz, difícil demais responder. Não saberia nem por onde começar a avaliar, muito menos falar que uma é melhor que outra! Hehehe. Passo.

- Qual seu clipe favorito?

Nossa, agora pegou mais pesado ainda. Um que eu gosto demais desde que foi lançado é Everlong, do Foo Fighters com direção do Michel Gondry.

- E um clipe ruim?

Ah, Firework, da Katy Perry. Muito mau gosto.

- O que você deixa de dica pra galera? Algum filme, livro…?

Um que reli recentemente é 31 Canções, do Nick Hornby. Ele basicamente escreve sobre sua relação com a música (e como ela faz parte da sua vida) usando as tais canções do título como argumento. Todo fã e todo mundo que escreve sobre música precisa conhecer.


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